Negociação é parte inevitável da vida nos negócios. Pode ser um aumento salarial, o prazo de um projeto, um contrato com fornecedor ou até a divisão de tarefas em equipe. O problema é que muita gente ainda negocia com mentalidade de soma zero: se um lado ganha, o outro perde.
A boa notícia? Existe um caminho mais inteligente. Estudos em comportamento e práticas modernas de gestão mostram que é possível transformar uma negociação em um jogo de ganha-ganha, onde todos saem fortalecidos.
Aqui estão sete estratégias contraintuitivas que podem mudar a forma como você encara sua próxima negociação.
Antes de discutir valores, prazos ou condições, alinhe como a negociação vai acontecer: quem decide, com base em quais critérios e de que forma ajustes serão feitos. Controlar o processo dá tanto poder quanto controlar o conteúdo.
Muitos impasses surgem porque cada lado insiste em o que quer. Mas, ao explorar o porquê, você descobre motivações ocultas e pontos de convergência. O que parecia inegociável pode se revelar apenas um detalhe tático.
Seu interlocutor pode alegar que “não há orçamento” ou “é impossível mudar o prazo”. Mas será uma limitação verdadeira ou apenas uma postura estratégica? Mapear os limites concretos — como regras legais, limites técnicos ou orçamento fixo — ajuda a focar energia onde há espaço real para avançar.
Conflito, frustração e decepções fazem parte da negociação. Antecipe isso. Se todos souberem que o clima pode esquentar e ainda assim aceitarem seguir, a resiliência do grupo aumenta e o risco de ruptura diminui.
“Jamais!” ou “De jeito nenhum!” raramente são absolutos. Muitas vezes, são só postura emocional. Ignore a pressão e mantenha a calma: a maioria dos “nuncas” vira “talvez” quando a poeira baixa.
Sempre peça acima da sua meta. Além disso, apresente mais de uma proposta. Isso transmite flexibilidade, dá ao outro lado sensação de controle e ajuda você a identificar o que é restrição real e o que é apenas estratégia.
Negociação inteligente considera outras moedas além do preço: prazos de pagamento, volume futuro de negócios, cláusulas de risco, bônus não financeiros. Quanto mais formas de valor você aceitar, maiores as chances de criar um acordo vantajoso para todos.
Essas sete estratégias partem de um princípio simples: negociação não é guerra, é construção. Abordagens criativas e abertas ampliam o campo de possibilidades e transformam relações comerciais em parcerias de longo prazo.
No fim, quem entende que valor pode vir em diferentes formas — e que processo importa tanto quanto resultado — não apenas fecha acordos melhores, mas também constrói confiança e reputação no mercado.