As regras de transição da Reforma da Previdência se tornam mais exigentes em 2026. A partir do próximo ano, quem busca se aposentar pelo INSS precisará de mais idade ou tempo de contribuição para ter acesso ao benefício.
O ajuste anual automático pode pegar muitos de surpresa, mas com planejamento é possível se preparar para as mudanças.
Veja aqui um guia sobre as novas exigências, como calcular seu tempo de contribuição e o que fazer para se planejar com segurança.
As regras de transição da Reforma da Previdência, implementada em 2019, seguem um cronograma progressivo. Em 2026, as principais mudanças incluem:
Esses ajustes ocorrem automaticamente, sem necessidade de nova legislação, e afetam quem ainda não cumpre os requisitos definitivos (62 anos para mulheres, 65 para homens).
O cálculo do valor da aposentadoria em 2026 segue a lógica estabelecida pela Reforma da Previdência:
Esses cálculos valem para aposentadorias por idade, tempo de contribuição e regras de transição, garantindo valores proporcionais ao tempo contribuído.
As regras de transição são fundamentais para quem começou a contribuir antes de 13 de novembro de 2019. Em 2026, as principais são:
A soma de idade e tempo de contribuição deve alcançar 93 pontos para mulheres e 103 para homens. O tempo mínimo de contribuição permanece 30 anos para mulheres e 35 para homens. Exemplo: um homem de 68 anos com 35 anos de contribuição atinge 103 pontos e pode se aposentar.
Mulheres precisam de 59 anos e 6 meses, e homens, de 64 anos e 6 meses, além do tempo mínimo de contribuição. Essa idade aumenta meio ano a cada 12 meses até atingir o limite definitivo.
Para quem faltava menos de dois anos de contribuição em 2019, não há idade mínima, mas é necessário contribuir por 50% do tempo restante. Exemplo: um homem com 34 anos de contribuição em 2019 precisava de mais 1 ano. Com o pedágio, contribui 1 ano e 6 meses.
Exige idade mínima (57 anos para mulheres, 60 para homens) e dobra o tempo que faltava em 2019. Exemplo: uma mulher com 28 anos de contribuição em 2019 precisava de 2 anos. Com o pedágio, contribui 4 anos adicionais e deve ter 57 anos.
O aumento progressivo da idade mínima em 2026 pode adiar a aposentadoria de muitos trabalhadores. Por exemplo:
Essa mudança impacta especialmente quem contribui irregularmente ou está próximo do requisito mínimo. Dados de 2025 mostram que 2,6 milhões de pedidos de benefícios aguardam análise no INSS, evidenciando atrasos que podem agravar o planejamento.